Esta lista não é um ranking nem se pretende definitiva. É uma lembrança e uma homenagem a momentos em que a moda foi cabeça, discurso, show e paixão.
1. Alexander McQueen
É impossível escolher um único desfile de Alexander McQueen. Talvez porque entre todos os estilistas de todos os tempos ele tenha sido o que elevou o formato a outro patamar, próximo da performance, certamente merecedor do status de arte. Mas acima de tudo, um ápice da história da moda. A modelo no anel de fogo no outono/inverno 1998, os robôs pintando um vestido ao vivo, as modelos puxadas por pássaros em 2001 e a holografia de Kate Moss em 2006, entre tantos outros. McQueen, o crítico, o visionário, o iconoclasta, o maior criador de imagens de passarela. Um designer que nunca optou pelo fácil, pelo raso. E que ao mesmo tempo soube fazer uma leitura monumental das aparências – a grande base de trabalho da moda. Fazer uma maratona assistindo todos os seus desfiles é uma obrigação… deliciosa!
2. Margiela (inverno 1990)
Uma tenda montada na periferia de Paris, no meio de um terreno baldio. Ali Martin Margiela montou seu desfile de inverno em 1989 e marcou o início de um novo capítulo da moda, antecipando os anos 1990. Apesar das críticas de que ele havia se aproveitado do cenário, a população local se envolveu na preparação e na apresentação. Editores e convidados sentados no chão observavam as criações de Margiela, enquanto as crianças do bairro circulavam livremente e interagiam. A ideia da moda como algo que pode jogar luz sobre assuntos da vida estava ali, entre looks desconstruídos, sorrisos e poeira. Raf Simons afirma que esse foi o desfile que mudou sua vida e sua carreira, e ele não está sozinho.
3. Raf Simons para Calvin Klein (trilogia 2017 – 2018)
A Calvin Klein foi tomada por um abalo sísmico com a chegada de Raf Simons. Sua trilogia sobre a história norte-americana é algo que entrará para a trajetória da moda. A força de suas coleções surge num momento em que o formato desfile estava desacreditado e devolve sua força com uma síntese impressionante, em uma combinação fantástica de roupas, trilha e cenário (feito em parceria com o artista Sterling Ruby). A “América” como ela é, com todos os seus traumas, glórias e fantasmas.

4. Comme des Garçons (primavera 1997)
Às vezes, um desfile é tão impactante em suas criações que tudo mais acaba ficando em segundo plano. Quando Rei Kawakubo colocou na passarela looks que criavam estranhos volumes, infando partes localizadas dos corpos, a recepção foi entre o deslumbre e a repulsa. A coleção, chamada Body Meets Dress, Dress Meets Body (Corpo Encontra Vestido, Vestido Encontra Corpo), ficou conhecida como Lumps and Bumps e inaugurou uma discussão bastante rica sobre os limites do corpo e sobre o que a moda seria capaz de expressar com imagens mais arriscadas.

(Reprodução/Reprodução)
5. John Galliano (verão 2003)
Muitos achariam que uma coleção inspirada em Leigh Bowery, o performer rei da montação nos anos 1980, já seria maximalista demais. Mas não Galliano. Ele acrescentou a isso elementos da cultura indiana, criando uma ode a suas cores exuberantes. O resultado é tão maravilhoso de olhar, tem uma mistura tão impressionante de peças (uma jaqueta de alfaiataria sob um sári ou um megavestido de camadas), que a paixão do designer por seu trabalho emana das roupas. Ele transforma essa impressão em algo palpável: enche as roupas de pó colorido, como no Holi, o festival indiano das cores. As modelos batem as roupas e a plateia sai de lá colorida. Galliano diz: “Já era tempo de um pouco de joie de vivre”.
6. Comme des Garçons (inverno 2005)
Chamada Broken Bride, essa coleção de Rei Kawakubo é especial porque se dedica inteiramente a uma das imagens mais fortes da história da indumentária: a da noiva. Há uma tristeza nessas noivas que tentamos decifrar. Talvez ela derive do lado escondido do próprio casamento. Não só entre pessoas, mas talvez também o de um espírito, de um indivíduo e o corpo que ele habita. Um desfile icônico e misterioso.
7. Galliano para Dior (couture verão 2004)
Era uma vez um designer que sobrevoou o vale dos Reis, no Egito, de balão e resolveu fazer uma coleção sobre rainhas e deuses que ergueram seu poder sobre o deserto. a coleção é digna de um tesouro de pirâmide e inclusive tem uma série de peças folheadas a ouro, além de um trabalho artesanal impressionante. o desfile está aqui numa lista de prêt-à-porter representando a grandiosidade da alta-costura, mas sobretudo o legado de Galliano na Dior e seu compromisso com a imaginação.
8. Prada (inverno 2013)
Esse não é o desfile com o número maior de hits da Prada, mas é um dos que mais bem representam o espírito forte e italiano de Miuccia Prada e sua grife. Um tanto de drama neorrealista, um pouco de romance, uma pista sexy. E design, muito design. As mangas, já construídas caidinhas no ateliê, como se conhecessem os movimentos de suas donas. e, é claro, o acessório mais lindo: os cabelos molhados, talvez de chuva, talvez de banho, talvez de um mergulho no mar. As bolsas grandes dão a entender que essas mulheres estão de partida, talvez de coração partido. Um desfile lindo e sutil sobre amor, sexo e despedidas.

(Getty Images/Getty Images)
9. Yohji Yamamoto (verão 1999)
Esse é o famoso desfile em que a top Malgosia Bela faz um striptease reverso: entra com um vestido com armação e cheio de bolsos. Deles, tira sapatos, chapéu, capa e um buquê, que vai vestindo e ajeitando até completar o look diante dos convidados. É outro desfile sobre casamento, dessa vez sobre os rituais envolvidos nas cerimônias. A passarela não é percorrida, mas preenchida com gestos e movimentação cheios de significado e intenção. um dos grandes momentos da carreira e sensibilidade de Yohji.
10. Chanel (inverno 2014)
Karl Lagerfeld montou um statement em forma de cenário quando decidiu transformar o Grand Palais num supermercado. A rapidez do consumo, a influência do pop na moda e o poder das labels estão na roda, entre tweeds reeditados e novidades do momento. No final do desfile, os convidados foram incentivados a levar os perecíveis para casa e saíram vitoriosos, carregando pepinos, maçãs e cenouras como se fossem troféus de estilo.

(Francois Durand/Getty Images)
11. Versace (inverno 1991)
Esse é aquele em que Linda Evangelista, Cindy Crawford, Naomi Campbell e Christy Turlington entram juntas na passarela cantando Freedom. É um documento da era das supermodelos e do período em que Gianni Versace soube ler e traduzir certas vontades baseado em seu ponto de vista. É um momento em que a moda fala sobre energia, vibração e saúde – um contraponto à linha minimalista de tons sóbrios que começava a se desenvolver com outros designers. O formato, que dá personalidade às modelos, foi e ainda é amplamente copiado, embora ninguém ainda tenha conseguido repetir o impacto da cena.
12. Marc Jacobs para Perry Ellis (verão 1993)
Marc Jacobs ainda não era “o” Marc Jacobs quando esse desfile foi apresentado. Na verdade, em um dos mais célebres casos de ironia fashion, ele foi demitido por causa da coleção. E também alcançou prêmios, como o de designer do ano de 1992, e popularidade por causa dela. O tema era a recém-notada cena grunge, sua crueza, seu desinteresse pelo mundo dos yuppies dos anos 1980. Os grunges também desprezavam a moda, mas tinham um senso de styling incrivelmente cool. Marc conseguiu estilizar essa raiva antifashionista sem esvaziar totalmente o movimento e fez uma das coleções mais influentes da década.
13. Alexandre Herchcovitch (inverno 2004)
Os vestidos de látex de Alexandre Herchcovitch estão em museus e livros pelo mundo por sua beleza e excelência técnica, mas também porque carregam uma das imagens mais fortes da moda brasileira. Em uma coleção que misturava Hello Kitty e Carmen Miranda, aproximando-as como ícones pop, o designer não só falava de sua geração e realidade (de estilistas fazendo moda no Brasil com olhar global) mas também da própria gênese do estilo brasileiro, com sua diversidade e suas contradições. A Carmen Miranda dark era o lado B da original, seu negativo, sua verdade não dita, sua versão sem fruta e sem sol, com poeira, noite e asfalto. Realmente inesquecível.

(Reprodução/Reprodução)
14. Balenciaga (inverno 2007)
Esse desfile de nicolas Ghesquiére acendeu um debate que se desdobraria por toda a década seguinte e que ainda não acabou. A coleção foi definida como “multicultural” e olhava para o Leste Europeu. trazia um trabalho de modelagem com lenços, entre eles alguns que lembravam peças tradicionais usadas pelos palestinos e símbolos de sua luta. Um crescente hype do acessório levantou questões sobre a apropriação e o esvaziamento políticos, algo que não sairá da pauta do mercado tão cedo.

(Chris Moore/Getty Images)
15. Vetements (verão 2016)
Demna Gvasalia, Lotta Volkova e a gangue Vetements escreveram seu nome no mercado numa ascensão meteórica. Algumas das peças apresentadas nesse desfile se tornaram objeto de culto e serviram de inspiração para fast fashions, grifes intermediárias e outras labels internacionais. o sucesso foi tão grande que Demna assumiu o comando criativo da Balenciaga e mudou a cara dos editoriais de revista e campanhas com sua estética crua, seus castings com cara de rua e suas lembranças de infância na antiga União Soviética. tudo a jato, como manda a era das redes.

Desfile da Vetements, na temporada verão 2016 da PFW. (Agência Fotosite/Agência Fotosite)
16. Gucci (inverno 1996)
“Imagine um caso de uma noite no Studio 54”, disse Tom Ford sobre essa coleção, que começava quase sóbria e terminava em looks brancos com inspiração abertamente sexual. O desfile consolidou a imagem de um novo hedonismo num período em que esse tipo de statement andava fora das passarelas. O fato é que ninguém se lembra dos outros modelos, mas a sequência de vestidos reveladores com recortes e fivelas metálicas em formas orgânicas se tornou uma das marcas da grife por muitos anos e temporadas. O jet set aderiu na hora, e pode-se dizer que uma parcela do público ainda não superou a ideia de sedução proposta por Ford nessas peças.
17. Marc Jacobs (inverno 2017)
Esse foi o desfile em que Marc Jacobs escreveu uma carta pública, atribuindo a criação do streetwear à juventude negra dos Estados Unidos. Não que isso fosse segredo ou uma novidade, mas jamais o high fashion havia admitido esse fato histórico. Um primeiro passo de uma longa caminhada, que ainda precisa incluir os criadores de um dos estilos dominantes do último século na divisão do hype e também dos lucros. Ao final da apresentação, as modelos esperavam os convidados do lado de fora, na frente de um soundsystem gigante.

Desfile de inverno da Marc Jacobs em Nova York, 2017 (Dimitrios Kambouris/Getty Images)
18. Hussein Chalayan (verão 2007)
A moda do futuro pensada lá atrás por nomes como Pierre Cardin e Courrèges ganhou forma de certa maneira com os desfiles tecnológicos de Hussein Chalayan. Era como se o tempo dos Jetsons tivesse finalmente chegado, com vestidos e acessórios que abrem, se modificam ou se recolhem sozinhos, com o simples acionar de um controle. É claro que isso está longe de ser uma realidade no dia a dia da maioria das pessoas, mas a demonstração da tecnologia ao vivo entrou para a história do período.
19. Viktor & Rolf (verão 2010)
o humor, ah, como faz falta o humor em uma passarela. Depois de Gaultier, Thierry Mugler e Galliano, certo tipo de anedota fashionista demorou a ganhar novos adeptos interessantes e talentosos, até a chegada de Viktor e Rolf. Vestidos travesseiro, formas agigantadas e efeitos de passarela grandiloquentes davam a tônica da passarela da dupla. Especialmente porque tudo isso acontecia inclusive nas semanas de prêt-à-porter. Um desfile ilusionista, com modelos que pareciam cortadas ao meio e vestidos perfurados, é sempre muito divertido de ver.

(Karl Prouse/Getty Images)
20. Gucci (verão 2016)
A Gucci morreu. Viva a Gucci! A chegada de Alessandro Michele à marca italiana marcou uma divisão estética profunda com seus antecessores, e ele fez questão de logo de cara mostrar as manguinhas e os demais looks de seu novo reinado. Mas foi no verão 2016 que todas as bases dessa estética royal hipster foram de fato assimiladas. Os bordados, brilhos e remixes de referências, que parecem retirados de mil caixas de memórias e baús do tesouro, não só fizeram os fashionistas se apaixonar como também conquistaram uma nova clientela jovem e ávida por novos hits para a label.
21. Jum Nakao (verão 2005)
Como guardar total segredo sobre um desfile? na primeira metade dos anos 2000, parece que ainda era possível, e foi. Jum Nakao passou meses com sua equipe construindo roupas intricadíssimas feitas de papel. As colocou na passarela com modelos de peruca Playmobil e, surpresa!, elas rasgavam as roupas no final da apresentação deixando todos de cara no chão. A cena foi tão impactante que gerou paixões imediatas de vários tipos. Era impossível ficar indiferente. E, mais de uma década depois, ainda é.
22. Rick Owens (verão 2014)
Quer falar de diversidade e atitude? Faça como Rick Owens. O designer chamou mulheres de quatro sororidades para dançar em seu desfile. Elas faziam parte de times de “stepping”, um mix de dança e batalha de movimentos, como as que Beyoncé usou em seu show no Coachella. A performance encheu de movimento e sentido as roupas do designer, com suas amarrações, quedas bruscas e formas inesperadas. Toda a apresentação foi ritmada, viva e coreografada de forma a dar voz àquelas mulheres. Elas foram capazes de criar uma imagem de moda que enfim fazia jus ao termo empoderamento.
23. Issey Miyake (primavera 1999)
Apoc é uma sigla para “a piece of cloth”, ou seja, um pedaço de pano. A ideia de estudar as relações entre corpo e tecido ganhou um contorno tecnológico nas mãos de Issey e do engenheiro-designer Dai Fujiwara. A proposta era construir um look inteiro se baseando em um único pedaço de tecido. A proposta ainda iria longe, mas seus primeiros frutos foram mostrados em Paris durante esse desfile. No final da apresentação, as modelos entravam ligadas por um look feito em continuidade. A coleção antecipou várias tendências da indústria no que se refere à tecnologia e a evitar desperdícios.

(Reprodução/Reprodução)
24. Louis Vuitton (verão 2014)
A despedida de Marc Jacobs da Vuitton marcou o fm de uma era em que muitas das maiores cartadas de imagem foram dadas por ele. A apresentação juntava cenários de apresentações anteriores, como o relógio da estação de trem, as escadas rolantes e o carrossel. Só que tudo preto, como que de luto. Não em um sentido ruim, mas como um momento necessário para processar a finitude de algo maravilhoso. E ele foi generoso. Homenageou suas musas-professoras Coco Chanel, Rei Kawakubo e Miuccia Prada. Uma aula sobre a construção de moda.
25. Helmut Lang (verão 1994)
Helmut foi uma das caras da moda conceitual dos anos 90. Suas conexões com a arte, sua parceria com o fotógrafo Juergen Teller, suas imagens andróginas e seu trabalho com materiais com grande potencial sensorial marcaram toda uma geração de consumidores e designers. Lá, no início dos 1990, ele já falava de guarda- -roupas com barreiras de gênero bastante tênues, usava castings diversos, com mulheres mais velhas e não-modelos. Enfim, mostrava rumos que ainda se desenhariam em grande escala. Designers como Raf Simons e Hedi Slimane devem muito ao seu repertório cool e à sua capacidade de criar imagens urbanas que falam de gênero e juventude de uma maneira poética e não óbvia.
26. Ronaldo Fraga (verão 2002)
Ronaldo Fraga é um estilista que tem se dedicado a reescrever certas histórias sobre o Brasil. Já falou de bossa nova, de futebol, de Guimarães Rosa, do Rio São Francisco e de tantas outras questões. Mas seu desfile Quem Matou Zuzu Angel? pode ser considerado, além de moda, um serviço de educação pública. Além de resgatar o estilo da designer, ele deu continuidade à sua história. Zuzu abordava em suas coleções a morte do filho, um desaparecido político assassinado durante a Ditadura Militar. Documentos revelados depois da abertura política mostram que Zuzu também foi morta pelo aparelho repressivo: seu carro foi sabotado. Quando Ronaldo se propõe a falar disso, colocando bonecos pendurados na passarela para lembrar as vítimas do período, mostra que a moda também pode ser coragem.

(Reprodução/Reprodução)
27. Yeezy (season 3)
Kanye West está longe de ser unanimidade e, muitas vezes, leva suas egotrips a momentos estranhos. Porém é fato que suas apresentações são a cara de um certo momento da moda de hoje e merecem análise. Suas parcerias com a artista Vanessa Beecroft criaram imagens que estouraram nas redes e formatos interessantes. A Season 3 teve supermodelos, um casting que deu destaque a modelos negros, uma primeira fila que participava do desfile e o lançamento simultâneo do disco Life of Pablo. A estética é uma colagem de diversas referências minimalistas e esportivas, mas, no fm das contas, acabou cristalizada na imagem de Kim Kardashian, matriarca do mundo dos likes e mulher de Kanye. Nada que possa ser ignorado – bem como ele gosta.

(Dimitrios Kambouris/Getty Images)
28. Calvin Klein (verão 1994)
Prima pop de Helmut Lang no minimalismo 90s, a Calvin Klein foi responsável por espalhar pelos EUA, e parte da Europa, a silhueta fluida. Camisolas, slip dresses, casacos sem a dureza e estrutura dos 1980 marcaram essa fase, em que a moda parecia falar de certa fragilidade e de uma necessidade de delicadeza. Claro, a label elevou a figura lânguida de Kate Moss a símbolo máximo dessa estética e é com ela que a passarela da grife construiu suas imagens mais conhecidas.
29. Jean Paul Gaultier (verão 1995)
Madonna e Gaultier representam uma das melhores e mais icônicas uniões da moda. O sutiã de cone e tantos outros looks feitos pelo estilista francês são a quintessência do que de mais marcante pode acontecer quando uma estrela encontra alguém capaz de vesti-la. Nessa apresentação, um parque meio esquisito, um carrossel maluco de onde saíam figuras extravagantes, caricatas e maximalistas, às vezes com ares antigos, às vezes em looks de outro mundo, Madonna fazia o encerramento. Ela entrava com um carrinho de bebê, de onde tirava um cachorro. Se era loucurinha, indireta ou crítica, ninguém sabe. Mas o público a-do-rou.
30. Vivienne Westwood (inverno 1993)
O famoso desfile das plataformas gigantes tinha Kate Moss como uma noiva punk e uma série de looks babadeiros desfilados por supermodelos. Mas será sempre lembrado pela queda mais maravilhosa do catwalk. Naomi Campbell despencou do alto do saltão impossível e mostrou que uma supermodel não tomba, apenas arrasa no chão. A imagem de Naomi gargalhando sentada no chão é tão perfeita que parece ter sido planejada. E de certa forma encarna o espírito desencanado de Vivienne e de sua desconfiança da moda, que vive de muita pose e cultiva uma postura esnobe diante de tudo. Um close histórico de uma das melhores modelos de todos os tempos.

(Getty Images/Getty Images)