Look do dia ou look pra foto?
[…] O homem se reconhece nas mercadorias” (VOLLI, 2006; p. 215), e o objetivo delas não é apenas “dirigir mecânica ou psicologicamente um consumidor reduzido ao papel de objeto, mas estabelecer uma relação de conivência, brincar com o público, fazê-lo partilhar um sistema de valores, criar uma proximidade emocional ou um elo de cumplicidade.” (LIPOVETSKY, 2007; p. 156)

Gente, olha eu loira!
Bom, voltando….
Os produtos vieram não seduzir o homem e obrigá-lo a consumir, mas se oferecer para consumo a um homem que quer ser seduzido. O homem busca a felicidade, e os objetos não “tratam apenas de estimular as necessidades e os reflexos condicionados, mas também de criar ligações emocionais com a marca, passando a promoção da imagem a ser mais importante que a do produto” (LIPOVETSKY, 2007; p. 151). Ou seja, culturalmente, temos buscado uma proximidade emocional com o mundo que nos permita exercemos a nossa própria individualidade, e as marcas vieram atender a esta demanda.
Está tudo bem você gostar de se cuidar, de amar, passar seu bom creme no cabelo, querer se depilar (ou não), deixar os cabelos brancos (ou não), brincar com sua estética desde que você esteja no controle de seus desejos. Sem fazer nada para agradar à ninguém mais, ninguém menos, que apenas você.
Use a moda a seu favor, não deixe ser usado por ela. Dica de ouro.
LIPOVETSKY, Gilles. A Felicidade Paradoxal: Ensaio dobre a sociedade de hiperconsumo. Lisboa: Edições 70, 2007.
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