Praticar atos gentis no dia a dia é bom não só para quem recebe, mas para quem faz. Este foi o resultado de um estudo divulgado por psicólogos da Universidade de Sussex, no Reino Unido.
Os pesquisadores analisaram imagens do cérebro de mais de mil pessoas que tomam decisões gentis. E perceberam que a generosidade ativa de forma surpreendente a área responsável pela sensação de recompensa.
— O sistema de recompensa fica localizado em uma parte primitiva do cérebro. Numa experiência prazerosa, o cérebro produz um neurotransmissor chamado dopamina, que ativa o sistema de recompensa, localizado na área onde temos muita força de sobrevivência, que nos leva à ação. Partimos do desejo e passamos a ter um comportamento que nos leve a concretizar a experiência de prazer em pouco tempo — explica a psicóloga Danielle Pinheiro.
A descoberta científica já era observada por especialistas e por quem pratica a gentileza com frequência. Para a psicóloga Thalita Martignoni, ser gentil traz mais satisfação do que adquirir coisas:
— Uma das características visíveis é a alegria, pois o senso de pertencimento à comunidade e a construção de laços sociais duradouros são excelentes preditores de saúde e bem-estar, muito mais do que a posse de bens materiais.
Além da alegria, a disposição em ajudar, a solidariedade, a compreensão e o respeito são algumas das características das pessoas que costumam ser qualificadas como gentis. Mas engana-se quem pensa que elas são “bobinhas”.
— Pessoas gentis são aquelas que estão disponíveis para auxiliar no que for preciso, mas sem deixar que a explorem. Isto é importante pontuar, porque ser gentil não é ser uma pessoa “boba” e manipulada por todos. Ela presta o favor, age por si mesma, sem esperar nada em troca, mas entende quando está sendo manipulada e impõe seus limites — alerta a analista comportamental Mariza Baumbach.
A melhor maneira de manter a gentileza em dia é sendo gentil sempre que a chance surgir. Como dizia o profeta: “gentileza gera gentileza”.
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