Descentralização: uma nova era das redes sociais

por | 9/01/2023 | 2023

Se por muito tempo vivemos um império de grandes conglomerados de mídia dominando a comunicação, seja na era de ouro da televisão ou mesmo recentemente com o poder de grupos como o Meta, agora a maré pode estar mudando. Isso não quer dizer que esses grandes conglomerados vão desaparecer, mas mostra que os jovens vêm buscando redes alternativas, menores, sem tanta publicidade e focada em suas próprias comunidades. Esse fenômeno pode ser entendido como uma descentralização geral da utilização de mídias sociais. Porém, ainda vale destacar o surgimento de novas redes essencialmente descentralizadas.

Alguns dos grandes diferenciais destas plataformas para os usuários são: a liberdade de co-criar e participar ativamente da produção e moderação de conteúdo. Bem como, uma melhor compreensão do algoritmo, devido a uma programação Open Source. Isso também configura uma vantagem para as marcas que ainda encontram nas redes descentralizadas, comunidades mais nichadas e fáceis de atingir – como acontece aqui no Coletivo Lírico.

Quer saber mais sobre essas redes e entender porque o seu negócio deve pensar nelas? O FFW preparou um video sobre o assunto aqui.

Finalmente, a possibilidade de manter o aspecto social da rede, isto é, o contato frequente com quem você deseja acompanhar também é um ponto de destaque. Isso nos leva para o próximo tópico: a diferenciação entre as redes sociais e as redes de entretenimento. Segue o raciocínio…

O que diferencia o Instagram e o TikTok? Além do fato do primeiro viver tentando copiar o segundo, eles têm uma diferença essencial. O Instagram é uma rede social, já o TikTok é uma rede de entretenimento. Em geral, a mesma pessoa costuma estar nesses dois tipos de rede, mas buscando conteúdos diferentes. É isso que você tem que ter em mente na hora de escolher em quais plataformas você vai estar e que tipo de conteúdo você vai veicular em cada uma. E, se o seu público é mais jovem, está valendo (e muito) investir em redes sociais novas, fora do padrão Instagram e TikTok, 

TikTok – felicidade, autenticidade e muito entretenimento

Para além de uma rede de entretenimento, o TikTok tem outros pilares bastante importantes. A autenticidade e a propagação de conteúdos focados em deixar as pessoas mais felizes são dois deles. Na verdade, 60% das pessoas relatam que se sentem melhores após um tempo na plataforma. Enquanto isso, 88% visualizam a rede como um local onde podem se expressar livremente. Desta forma, criar conteúdos leves e que estimulem as pessoas a serem elas mesmas pode ser uma boa alternativa.

Mas existe um outro ponto fundamental, no TikTok, as tendências emergem de baixo para  cima, são as chamadas Bottom-Up Trends. Por isso, 78% dos usuários entendem que não é necessário ter muitos seguidores para viralizar na rede. Pois é, o poder está na criatividade e, é claro, nas comunidades. Assim, os usuários têm o poder de definir quais produtos viralizam e quais passam despercebidos. 

Então, a dica para as marcas é escutar as comunidades, se inspirar nos usuários e ajudar a impulsionar essas tendências vindas de baixo. Não é sobre escolher entre vender ou entreter, mas sim sobre vender através do entretenimento, aproveitando o ambiente propício que é o TikTok. Por lá, o funil de vendas segue outra lógica, muito mais ágil e grande parte das pessoas compram instantaneamente, algo que não costuma ocorrer em outras redes. 

Instagram – atualizações no algoritmo, socialização e conexões

Apesar de um grande buzz nas redes falando sobre a morte do Instagram, ele segue vivíssimo. Inclusive, continua sendo a plataforma mais usada por criadores de conteúdo (59,6%), segundo pesquisa do YouPix. Gostem dele ou não, o Instagram oferece diversas funcionalidades úteis, tem uma forte base de usuários que o acessam diariamente e é sim um meio efetivo para comunicação.

Porém, é inegável que a rede vive uma certa crise existencial entre copiar o que está dando certo nas redes vizinhas e entregar o que seus usuários realmente buscam por ali, o que reflete diretamente no algoritmo. Diferente do TikTok, as pessoas buscam no Instagram uma rede social, elas querem socialização, querem acompanhar amigos e marcas, querem dialogar. Não que o Instagram não tenha abertura para conteúdos de entretenimento, ele tem sim. Mas o foco deve ser em construir uma relação com a sua audiência.

Novas redes para prestar atenção

Agora que já abordamos as duas principais redes da atualidade e ainda trouxemos um conteúdo com reflexões sobre todas as redes mais tradicionais. É hora de falar das novidades! Bora conhecer novas plataformas?

BeReal: começamos falando de uma rede nem tão nova assim, mas que está fazendo bastante sucesso aqui no Brasil. O BeReal fala muito sobre o interesse da Gen Z em ver a realidade como ela é, sem filtros e se conectar com a versão real das pessoas. Além de investir nesta rede social, é interessante se inspirar no conceito por trás e mostrar muita transparência na sua comunicação em geral. Ah e por lá, não tem anúncios!

Niche: a rede surgiu com o foco em pequenas comunidades. Se as redes tradicionais tinham como objetivo conectar colegas de escola, familiares e muitas pessoas com bem pouco em comum, o Niche foca no oposto. A meta é aproximar grupos menores de pessoas com interesses bem específicos, por exemplo, uma comunidade de colecionadores de artigos do Star Wars. 

Mais uma vez, a reflexão aqui não é necessariamente um convite para entrar na rede, ainda que para muitas marcas isso seja super válido, mas sim para pensar sobre a forte demanda por comunidades nichadas, uma das bases da WEB3. E, essa é mais uma plataforma que não conta com anúncios. 

Via FFW

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Autor:

Helô Gomes
Helô Gomes é bacharel em jornalismo, premiada nacionalmente com a obra "Cordel de Moda - arte e Cotidiano na feira de Caruaru"; cobriu as principais semanas de moda do circuito Nova York, Londres, Milão, Paris, Rio e São Paulo, publicou e apresentou pesquisas científicas a convite da USP em Dublin, Moscou, Budapeste e Cracóvia, é apaixonada por literatura e arte e no Coletivo Lírico expressa todo seu olhar sobre a moda em forma de objetos de consumo afetivos

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