“O que sou eu” – é a pergunta que leva Descartes a fundamentar pela primeira vez na história das idéias o conceito de sujeito. O projeto de outra obra do autor, o livro “Discurso do Método (é curtinho, com fé você lê sozinha) se encontra explícito seu título: trata de procurar a VERDADE nas Ciências.
O que é verdadeiro pra Descartes é o que pode ser distinguido como “claro e distintamente” unicamente pela razão. Eis o surgimento da ciência moderna: o sujeito sobre o qual opera a psicanálise (eu, você, seu crush, seus familiares), sem o qual ela não poderá ter vindo à luz.
O que eu vejo, ouço, apalpo ou sinto não me dizem o que sou. meu corpo tão pouco me define. A dúvida hiperbólica de quem sou eu, é respondida simplesmente pelo ápice em um único ponto de certeza: o pensamento.
Nesse duvidar de tudo uma coisa é pelo menos certa: que eu estou pensando… Sou, existo. Isto é certo. Mas, por quando tempo? O tempo em que eu pensar.
Pois é somente quando eu deixar de pensar que eu vou deixar de existir.


























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