Agatha Christie
Eu tenho alma e olhos de sonhadora.
Sou atrevida, acredito que não vim ao mundo para deixa-lo como o conheci;
Por isso sou uma frequentadora assídua da literatura.
Às vezes em busca de palavras e imagens poéticas, às vezes em busca de idéias para aumentar minha força intelectual.
Essa semana troquei a bolsa do look do dia pelo “Assassinato no Expresso do Oriente”, clássico de Agatha Christie, publicado originalmente em 1933 e mais atualizado (moralmente e filosoficamente falando) que um Iphone 15.
“Quando releio clássicos descubro coisas novas em mim mais do que na obra” escreveu Shakespeare e, eu, agora, faço plágio de suas palavras:
Há quase 20 anos, quando li o livro pela primeira vez, questionei junto de Hercule Poirot (o famoso detetive belga) quem seria o assassino da trama. Só isso importava.
Hoje, ao reler o texto depois de duas décadas e uma terrível vivência pessoal jurídica onde fui arrastada para dentro de um inquérito policial, eis a verdade que me acompanhou durante a leitura (prometo que não vou fazer spoiler do livro):
Meu coração se agitou mais diante das motivações morais (ou a falta delas) das personagens dentro do trem do que com a culpabilidade de determinado viajante do Expresso Oriente na trama da estória.
- Sim, estória sem o H porque é ficção, mas se você sentar pra tomar um café comigo eu posso te contar detalhes de que elas têm muito em comum com a realidade –
Ao lado de um detetive que usa a reflexão a partir de suas interpretações de impressões sobre pessoas e não com em impressões digitais, a investigação segue e culmina na grande obviedade da vida humana: a gente age mesmo é pelo fígado, quando estamos amando. Todo resto paralisa.
Eu amei esse post!