Paulicéia Desvairada em 5 atos:
- dê uma pausa na agenda para tomar um café no mirante da nove de julho. Por que? De lugar esquecido a lugar inesquecível, lá você encontra uma das melhores coxinhas da cidade, uma das vistas mais delicinhas e um pouco de você mesmo, afinal, um espaço cultural deste é a perfeito experiência de nós mesmos! fica na rua Carlos Comenale, s/n, bem ali atrás do MASP.
- Já conferiu a volta dos cavaletes da Lina Bo Bardi no MASP? Pois então, logo depois do café acima (ou antes, você que manda) aproveite pra passar pelo museu e conferir os quadros (expostos de um jeito super fantástico: tipo em janelas, em que você só vê o autor se chega no jardim, sabe como? Assim, ó: imagina várias bolsas de grifes famosas expostas, só que sem logos! Ou seja: você tem que sentir a beleza de cada uma por conta própria. É lindo.
- Conhece o catavento cultural? Então… é um museu de ciências pra crianças mas a gente garante que quem se diverte são os adultos: passando pelo universo (galáxias mesmo) ; dinossauros, mares, evolução do homo sapiens (que as vezes de sapiens não tem nada) até tecnologia e eletricidade. Tudo bem interativo, tudo bem apaixonante, fica na avenida mercúrio, s/n, no Brás. horários de visitas, aqui.
- Passou por SP tem que passar pelo Riviera: boa comida (Alex Atalla assina o menu), bons drinks (peça o drink aphotecary, mistura de mel, cachaça e whiskey), boa energia, boa vista (dá pra ver a avenida Doutor Arnaldo, se você sentar perto das janelas). Ou seja: boas memórias garantidas. Fica ali na Consolação com a Paulista, pertinho do cinema Belas Artes (que a gente já contou que ama aqui). na Avenida Paulista, 2584 – Bela Vista, ok? preços e horários, aqui.
- Pra terminar o rolezinho: Jazz nos Fundos, literalmente. Aqui a música acontece na garagem mesmo: você passa por um estacionamento pra chegar ao local que é um mix de misto de bar de casa de shows descolada e bar. pra conferir a programação, só clicar aqui.
- Paulicéia Desvairada, obra de Mário de Andrade publicada em 1922, mesmo ano da Semana de Arte Moderna, foi um marco da literatura brasileira porque definiu tudo que a gente chamaria de “modernismo” no país porque a antologia de contos do escritor paulista foi a primeira obra realmente de vanguarda do movimento.
Durante a Semana de Arte Moderna de 1922, um dos poemas de Paulicéia lidos ao público foi Ode ao Burguês… Agora, imaginem só vocês a própria burguesia paulistana ouvindo isso:
“Eu insulto o burguês!
O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas! O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!”
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