Pensamento solto de domingo

por | 2/08/2020 | prosa & poesia

Poema – “Porquinho-da-Índia”

PORQUINHO-DA-ÍNDIA

Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas . . .

— O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.

porquinhodaindia

“Porquinho-da-índia” nos faz recordar aquele primeiro bichinho de estimação que tivemos, que tanto pedíamos a nossos pais.

Analisando o poema, percebemos a presença da linguagem coloquial e emotiva, bem como uma construção assimétrica. Há ainda a presença recorrente do diminutivo em “bichinho”, “limpinhos” e “ternurinhas”, que remete ao universo infantil. Além disso, é possível identificar uma aliteração dos fonemas “s”, “n” e “m” e a assonância das vogais “a” e “o”.

Assim como Manuel Bandeira, muitos têm o seu bichinho de estimação como o primeiro amor ♥




Autor:

Helô Gomes
Helô Gomes é bacharel em jornalismo, premiada nacionalmente com a obra "Cordel de Moda - arte e Cotidiano na feira de Caruaru"; cobriu as principais semanas de moda do circuito Nova York, Londres, Milão, Paris, Rio e São Paulo, publicou e apresentou pesquisas científicas a convite da USP em Dublin, Moscou, Budapeste e Cracóvia, é apaixonada por literatura e arte e no Coletivo Lírico expressa todo seu olhar sobre a moda em forma de objetos de consumo afetivos

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