Zero Waste Fashion é uma comunidade de designers, acadêmicos e empreendedores da indústria da Moda que estão buscando alinhar conhecimento para transformar o universo da produção têxtil na construção de uma cadeia ética, sustentável e educativa tanto no âmbito dos recursos naturais quanto na hora do comércio varejista.
Aqui neste artigo a gente vai colocar a opinião de alguns players do mercado, como:
+ O fundador da comunidade: Mylène L’Orguilloux, um industrial francês e especialista no Zero Waste Fashion.
+ Cassandra Belanger, da Glasgow School of Art graduate e fundadora da The Stitchery
+ e Holly McQuillan, pesquisador do Zero Waste Fashion na Swedish School of Textiles e co-author do livro Zero Waste Fashion Design com a Timo Rissanen.
Mas o que você precisa saber como isso para consumir melhor?
Não se trata apenas de produzir peças que vão ser consumidas com certeza. Mas de uma nova proposta de produção de moda em que cada parte da cadeia seja auto sustentável (costura, estamparia, embrulho, transporte, tecnologia, e-commerces, marketing, criação etc) e que elas se complementem de forma horizontalizada e não verticalizada, como acontece até então com grandes marcas de prêt à porter (Chanel, Valentino, Burberry etc); marcas de conglomerados de moda nacionais e, claro, as fast fashions.
Na prática, isso significa mais criatividade na hora da organização da coleção e na forma como ela vai ser apresentada aos clientes do que na preocupação com tendências de moda e de como criar ansiedades nas possíveis consumidoras das peças em questão. É o consumo pelo desejo, não pela aspiração. Oloko, #Bauman.
O cliente compra com mais calma, com mais sabedoria. A marca produz com mais flexibilidade de idéias e cronologia (sem mais aquele desespero de coleções por temporadas de primavera/verão – outono/inverno).
O cliente tem mais autonomia. A marca, mais profundidade.
Isso tem um preço, claro.
Quando se produz uma determinada peça de roupa em grande quantidade, o custo unitário de cada uma delas fica mais baixo (primeira lei da economia da oferta e demanda). Mas, a conscientização por parte dos fashionistas que começam a aprender que vale mais comprar qualidade do que quantidade está aumentando entre a sociedade e, nós, do Coletivo, vamos fazer o que estiver ao nosso alcance, diariamente, para essa nova proposta de Moda Brasileira.
A luta é grande, mas é bonita que só.
E você? Vem com a gente?

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