ansiedade na obra de Machado de Assis

ansiedade na obra de Machado de Assis

Estava eu aqui em meio às minhas leituras, quando me deparo com um interessante trecho de Machado de Assis,

separei pra vocês:

Capítulo XI, página 29, Quincas Borba, Machado de Assis:

No começo da semana seguinte, recebendo os jornais da Côrte (ainda assinaturas de Quincas Borba) leu Rubião esta notícia em um dêles:

“Faleceu ontem o Sr. Joaquim Borba dos Santos, tendo suportado a moléstia com singular filosofia. Era homem de muito saber, e cansava-se em batalhar contra esse pessimismo amarelo e enfezado que ainda há de nos chegar aqui um dia; é a moléstia do século. A última palavra dêle foi que a dor era uma ilusão, e que Pangloss não era tolo como o inculcou Voltaire… Já então delirava. Deixa muitos bens. O testamento está em Barbacena”.

Pangloss é um dos meus personagens favoritos da literatura mundial: é o otimista convicto da obra Cândido ou o Otimismo, de Voltaire: no livro, não importa o que aconteça, Pangloss sempre acha um motivo para ver a situação como positiva. Falta de dinheiro, saúde ou amigos, ele sempre arruma um jeito de ver o melhor de tudo. É um ícone. Indico a leitura pois parece que o mal do século passado “o pessimismo amarela e enfezado” parece ter sido transmitido também para nossos Tempos.

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