Em entrevista, Rochelly César, autora de “Você não pode parar a garota”, comenta sobre a importância da leveza nos relacionamentos
Rochelly César utiliza a literatura para conversar com os leitores sobre a valorização da autoestima e o cultivo do amor-próprio. Em Você não pode parar a garota, ela conta a história de uma jovem que se envolve com um homem abusivo e questiona as próprias decisões profissionais, mas a autora também apresenta exemplos de relacionamentos saudáveis durante a trama.
Conheça mais sobre a obra e o trabalho da escritora na entrevista abaixo:
1 – “Você não pode parar a garota” conta a história de uma jovem que viaja para o Reino Unido para estudar, mas conhece um homem que a fará questionar sobre suas próprias decisões. Por que você decidiu contar essa história?
Rochelly César: Na verdade, a história foi se construindo ao logo do tempo e das revisões. Quando eu vi, a história tinha se tornado essa. Depois, fui pesquisar sobre o assunto para não dar um furo.
2 – A obra não aborda apenas a questão dos relacionamentos abusivos, mas também fala sobre amor-próprio. Como o cultivo dessa autoestima se torna peça-chave nas decisões da protagonista?
R.C.: Eu acho que alguém só sai de um relacionamento com o cultivo do amor-próprio, ao se colocar em primeiro lugar e perceber que o outro não vale o estresse.
3 – Além de Scot e Freya, que estão em uma relação, o livro apresenta Rick. O que esse amigo representa na trajetória da personagem principal?
R.C.: Coloquei Rick para mostrar à Freya que nem tudo precisa intenso, que a leveza existe e deve ser valorizada.
4 – Na sua perspectiva, qual a importância de tratar sobre amor-próprio e relacionamentos abusivos de forma leve em um livro?
R.C.: Eu acho que tem certos leitores que se sentem mal com histórias pesadas, com temas muito pesados. Por isso, queria passar essa mensagem para esses leitores que preferem coisas leves para ler.
5 – A obra tem relação com sua própria vida? De que forma realidade e ficção se relacionam?
R.C.: Na primeira versão da história, eu sempre me coloco vivendo algo que gostaria. Com o tempo e com as revisões, o tema e a escrita mudam muito, mas acredito que sempre fica um pouco de mim em pequenos detalhes.
6 – “Você não pode parar a garota” terá continuação. Quais spoilers você já pode contar sobre o próximo lançamento?
R.C.: Teremos foco no relacionamento de Freya e Rick, mais detalhes sobre as famílias e amigos que antes só eram coadjuvantes agora aparecerão com maior destaque. E vamos ter pessoas novas na história. Mas ainda quero saber o que os leitores esperam da continuação.
Sobre a autora: Graduada em Artes Visuais, com habilitação em design gráfico, Rochelly César escreveu o primeiro romance quando estava na faculdade, apenas como passatempo. Agora, dedica-se integralmente à carreira literária, tendo estreado no mercado com “Profundo Sono, Esperado Sonho”. “Você não pode parar a garota” é sua obra mais recente, e ela já tem planos para a continuação da história. Nasceu e vive em Goiânia, capital de Goiás.
Eu acho que o adjetivo “linda” e todos os seus derivados deveriam ser terminantemente vetados do Manual de Conversação dos grupos de amigas.
Porque assim, o adjetivo tá ali todo compromissado em expressar uma qualidade e/ou UMA característica sobre uma superfície. E, mais: é uma opinião sobre a nossa pessoa que tem como única medida agradar o olhar alheio. Coisa chata.
Não sei vocês, mas, na minha humilde opinião, o melhor elogio que eu posso receber de uma amiga é que eu estou vestida de mim mesma.
Assim: o adjetivo, no caso, deve ser trocado pelo nome da moça em questão. Vem comigo: “Friend, tô bonita com esse vestido?” “Nossa! Tá muito Mariana!” “Migley, esse meu look tá capa de revista?” “Uau! Nunca vi você tão Renata assim!” “Nossa, baby, nessa festa eu preciso ir muito Heloisa!” e assim por diante.
Sabe, quando a gente define a roupa de alguém com um único adjetivo (linda, deusa, chic, gata) a gente encaixa aquela pessoa num padrão, igualando ela a alguma outra coisa. Já dizia a Dona Norma Culta: “adjetivo é toda palavra que se refere a um substantivo indicando-lhe um atributo”. Ah! Me respeita! A gente nasceu pra ser o núcleo da frase! Sujeito da oração, (da prece, da reza…) e não pra ficar sujeita à nenhuma classificação e ponto final.
Aposto que o look do dia vai ficar muito mais interessante e assim seguiremos caminhando e cantando e seguindo nosso próprio coração, porque (graças ao bom Deus!), somos todos diferentes, quer você queira isso ou não.
Somos românticas que acham a realidade superficial. Realistas que acham o romantismo vazio. Artistas que acham os burgueses grotescos e burguesas que acham os artistas pretensiosos. Tudo isso vindo de pseudo misantropas que, no fundo, acham todo mundo apaixonante.
Há em nós, aqui na Coletivo Lírico, literalmente falando, duas (ou seriam infinitas) mulheres diferentes: algumas que amam a retórica, o lirismo, os altos voos do pensamento, a sonoridade das frases e, umas outras, que vasculham e escavam o real tanto quanto podem, que acham o detalhe tão poderoso quanto o grande fato. Bovary (Flaubert) Karenina (Tolstói) Luisa (a do Queiroz, não a do Canadá), Nora (Ibsen) todas sofriam dessa contradição: ora sofredoras, ora anti-heroínas, ora guerreiras…
Mas e se, por acaso, a real conjunção da vida for aditiva e não alternativa? Somos isso E aquilo. Não existe OU. Vai ver que a gente só mente mesmo as verdades… É, crianças, a coisa mais divina que há no mundo, realmente, é viver cada segundo como nunca mais…
Fico sempre surpresa em quanto é investido em propagandas de procedimentos, produtos e fórmulas para nos ˜ajudar˜na saga do corpo magro e sarado.
Do outro lado dessa pressão de padrão estético estão mulheres, que mesmo perfeitas, vestem a camisa da inadequação se violentando muitas vezes com dietas malucas pra caber nessa caixa pequena e limitada.
Aparentemente, minar nossa auto estima gera lucro, né mores?
Mas como sair dessa estrutura monstruosamente opressora e migrar, assim como as andorinhas, para o verão existencial, e ser simplesmente feliz como nosso corpo?
Esse detox vai envolver um pouco mais que suco de couve e pepino e requer uma certa dose de dedicação.
Existe a teoria dos 21 dias, que inclusive pode ser um tema para um próximo texto, onde pesquisadores afirmar que o cérebro humano precisa de 21 dias para assimilar um novo hábito – e isso faz toda a diferença na hora de mudar comportamentos/pensamentos negativos
Que tal alimentarmos nosso corpo e mente de elogios por 21 dias? Ver a parte boa tudo que temos e somos é um ato político.
Afinal, se alguém tem que dar um basta nessa historia, somos nós mesmas.
Eu estou farta de olhar no espelho e me sentir horrível, de não me sentir sexy por não me adequar a uma silhueta especifica que alguém escolheu pra ser a certa.
Se você quer começar esse detox comigo ponha o dedo aqui, que já vai fechar, um, dois, três e já.
A internet é maravilhosa e sim, está cheia de tutoriais! Dicas de coisas, inclusive, que nem nós mesmas sabíamos que estávamos buscando.
Toda essa gama de informação e também pessoas que nos inspiram podem ser um oásis em dias cinzas ou naqueles momentos em que as amizades e pessoas ao nosso redor não estão em sincronia com o que buscamos pra nossa vida.
Eu sinto que esse movimento todo de seguir e sermos seguidos pede lucidez para o nosso GPS existencial não bugar.
E, por isso, nada melhor que um grande mergulho dentro de nosso interior, e nem precisa de biquini.
Ficar nua de likes nos permite conhecer o que faz ou não sentido pra nossa trajetória e que exista sempre um filtro de todo esse mar de inspirações.
Como somos cheios de contradições aqui vai o tutorial de como não seguir um tutorial em 3 passos.
1- Primeiramente nunca esquecer que somos únicos.
Não faz nenhum sentido nos comparar e querer seguir caminho de outra pessoa enquanto nosso próprio veículo fica sem motorista.
Inspiração e comparação até rimam, mas não podem se confundir.
2- Nem tudo que reluz é real, mesmo sendo ouro.
Pera, vou explicar.
O mundo digital muitas vezes está cheio de projeções distorcidas da realidade.
Senso crítico é sempre interessante para não cairmos em propagandas enganosas de todo tipo.
3- Quando o assunto é plenitude, o melhor padrão a se seguir é o nosso.
Mesmo que sua idéia de felicidade e sucesso não seja compartilhada ou curtida pelos outros.
O novo paradigma digital de viver pautado do que gera visualização é um caminho que pode levar a total desconexão com nosso verdadeiro propósito neste mundão sem porteira.
Nos inspirar é sempre válido, mas não vamos esquecer que a melhor curtida é aquela que damos a nós mesmos.
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