Curiosidades sobre a cor rosa

história da moda

Na moda, a cor rosa teve como marco o uso nas roupas da famosa amante do rei Louis XV, a mais histórica e icônica Madame Pompadour e de Maria Antonieta. A partir desse momento, a pigmentação passou a fazer parte das cores da nobreza

POLÊMICA

Segundo a historiadora Valerie Steele o nascimento do rosa moderna começou no século XVIII. Nessa época, o rosa havia sido a cor escolhida pelas cortesãs (olha lá a Madame Pompadour – aliás, tenho uma dica maravilhosa de livro sobre ela, Cortesãs e Favoritas / Henri Kock o autor) incluindo a realeza e a aristocracia.

Talvez mesmo a grande influencer do rosa tenha sido Madame Pompadour. O motivo? Ela virou tela de inúmeras pinturas de pintor François Boucher – um pintor francês, talvez o maior artista decorativo do chamado setecento europeu. Embora tenha vivido num século dominado pelo Barroco, ia além desse estilo e identificava-se mais com o Rococó.

Às imagens:

E tem mais:

Pega o toque de blush, pintura de 1759:

Da corte dos anos 1980 o rosa foi ganhar força mesmo nos anos 1950:

MAIS POLÊMICA COM A HISTÓRIA DA COR ROSA:

PUNK E PROTESTO

Nos anos 1950, o rosa se afastou da sua posição de conformidade e assumiu um novo propósito: a resistência.

Paul Simonon, baixista da banda punk inglesa The Clash foi responsável pela famosa frase “O Rosa é a única cor verdadeira do Rock’n Roll”. Para sua apresentação no Glastonburry em 1999. Courtney Love – conhecida por seus vocais – trocou inesperadamente seu visual rebelde por uma fantasia rosa de balela e asas de fada.

Rosa também é a cor do ativismo feminista. A marca das mulheres de 2017 vou manifestantes saindo às ruas com o escrito “chapéus de buceta” na cor rosa.

Os chapéus eram uma resposta ao então presidente Donald Trump, que se vangloriava de “agarrar mulheres pela buceta”.

O ROSA é, acima de tudo, uma cor transgressora, que se transforma com o tempo e não se esquiva de parodiar seu próprio passado.

A verdade é que o rosa sempre faz uma declaração. Cabe ao narrador e interlocutor o diálogo.

PINK IS A STATE OF MIND

OH YEAH

Cropped Puffer jacket #aerolook

A história do uso de cropped por homens não é nova e começou com jogadores de futebol americano. Ao praticarem o esporte, eles acabavam mostrando a barriga sem querer e isso virou tendência entre o público masculino nos anos #1980, principalmente; aqueles que malhavam e queriam mostrar o abdome. Não julgo.

Mas, Helô, essa #PUFFER #CROPPED #JACKET #TREND não engorda?

Amar a si pode inspirar outras pessoas a fazê-lo também.

Engorda quem? Você é gado pro seu valor ser medido em arrobas? E por acaso é obrigação sua agradar o olhar o alheio? Você tem a responsabilidade de se deixar aquecida e confortável isso sim, isso aqui é #aerolook respeita o corre do close.

(#dicafit: não usem roupa nova durante uma viagem. Nela, você usa peças que gosta, que sua pele já conhece. (Aprendi isso no #triatlo: não se testa suplementação em prova, apenas em treino) Você já está mundando de ecossistema; vai querer que uma etiqueta fazendo vc virar um meme do white people problem com razão? Não, né.

*segredo, essa minha jaqueta cropped tinha bolso por dentro. (Acho uma falta de respeito com a consumidora roupa com bolso falso). Deixei meu RG ali dentro, não precisei abrir bolso/mala pra nada. Delícia.

A seguir, o #aerolook de outro dia desses…

Mas….se vc acha que é muito a puffer cropped, quer usar mas fica insegura….

diquinha: coloca por baixo parte de cima e parte de baixo da mesma cor. ;)

Olha só de ladinho como fica!

Look do dia é igual quando vc era criança e tinha uma folha de papel em branco. Você vai colorindo e vendo como fica e como você gosta, pra você. Seu gosto e seu conforto são as únicas coisas que importam.

Uso muito moletom no dia a dia então é claro que, pra viagem, que é quando eu devo estar no máximo do meu conforto, também escolhi um modelito dele.

Esse é de lãzinha da Zara, não pinica. (mas tem que cortar a etiqueta com tesoura pra ficar 100% na paz da pele sem incômodo) – ela calça de pijama também fica é uma benção.

Minha mochila do Iron Man sempre comigo, foi tão suado pra conquistar! A bolsa da Louis Vuitton não é minha é da minha mãe hohoho saiu na foto porque ela que clicou.

Esse modelo é lindo. Clássico e prático (não me lembro o nome mas sempre tem na loja), minha mãe usa bastante no dia a dia (ela carrega TODO DIA Bíblia e guarda chuva, linda.

Eu uso muito de lá a Speedy, lembro que comprei com dinheiro do meu trampo (eu dava aulas de inglês), fui pra Miami final de ano com uns amigos da igreja do meu namorado da época, (Nazareno). fiquei toda serelepe.

*eu sou católica, ele era envagélico. Namoramos um tempão, eu adorava ele. Mas ele terminou comigo porque eu não quis me converter pra casar e tal. Sofri um monte. Uns anos depois ele voltou, pediu perdão, que não soube fazer diferente na época. Só que eu não conseguia amar mais ele, sabe? Eu tinha conhecido uma outra pessoa, já tinha amado de um jeito diferente, novo. Meio maluco, um dia conto dele pra vocês. André o nome. Fez história no meu coração.

Bom, mas voltando ao primeiro namorado, eu queria muito voltar a sentir o que eu sentia antes, mas foi quando entendi e tive que ser honesta com ele: tudo que vai volta, mas não encontra as coisas como deixou.

Cheguei em casa aproveitei pra dar um oi pro mar e pedalar (coloquei no Tik Tok, acho até que vale um post só sobre o tesão de fazer exercício assim que vc chega de alguma viagem, aprendi com meu noivo que aprendeu com o Andy Murray.

O Livro que estava é o História da Beleza, do Umberto Eco. Magnífico.

História da Moda: 8 momentos que mudaram o look do dia

Do little black dress de Coco Chanel à minissaia de Mary Quant, estas são as invenções que desafiaram as normas, criaram novas regras e mudaram o rumo da Moda para sempre.

Twiggy em King's Road, Londres, 1966 ©Stan Meagher/Express/Getty Images Twiggy em King’s Road, Londres, 1966 ©Stan Meagher/Express/Getty Images

Fútil, oca, frívola, vazia, inútil, insignificante. Que atire a primeira pedra quem nunca ouviu um destes adjetivos (ou todos, na verdade) serem usados para descrever essa “coisa” que é a Moda. Sempre que uma Andy tenta que uma Emily entenda que existem “coisas” mais “importantes” do que dois cintos “exatamente iguais”, somos levadas ao momento de O Diabo Veste Prada em que dois cintos “exatamente iguais” materializam o ponto onde queremos chegar: essa “coisa” que é a Moda não nos deve nada, mas nós devemos-lhe (quase) tudo.

LITTLE BLACK DRESS

Leilão de peças de Coco Chanel, 1978 ©Bettmann/Getty ImagesLeilão de peças de Coco Chanel, 1978 ©Bettmann/Getty Images

A imagem é de 1961. Breakfast at Tiffany’s, Holly Golightly e o vestido que se transformou na arma secreta de todas as mulheres, para todas as ocasiões. A popularidade do mesmo, contudo, deu-se anos antes de Hubert de Givenchy traçar as linhas do estilo imortal que associamos a uma das personagens igualmente imortais de Audrey Hepburn.

“Uma espécie de uniforme para todas as mulheres de bom gosto” – as palavras são da Vogue americana de outubro de 1926 onde, pela primeira vez, se vislumbrou o desenho simples. Preto, em crepe de seda, as mangas longas e os acessórios perlados. Chamaram-lhe o Chanel’s Ford, numa referência ao modelo automobilístico criado por Henry Ford em 1908. Era simples, acessível e democrático. Era o little black dress, o LBD, o fiel companheiro que, quase 100 anos depois, permanece intacto em todos os guarda-roupas femininos.

Para além de ter reinventado “a cor do luto”, como escreve Harriet Hall em She: A Celebration of Renegade Women, a simplicidade aparente do little black dress criado e popularizado por Coco Chanel ajudou a redefinir aquilo que uma mulher devia e podia usar, transformando-se num símbolo de libertação e modernização.

Atrevemo-nos a dizer que, desde então, nenhum vestido representou, de uma forma tão certeira, a evolução do papel e da imagem da mulher na sociedade moderna: do revenge dress da Princesa Diana ao safety-pin com assinatura Versace de Elizabeth Hurley, a magia do little black dress está na sua qualidade de tela em branco e no modo como se conseguiu adaptar às mudanças sociopolíticas das gerações que atravessou. “Para mim, desenhar um little black dress é tentar expressar, num objeto simples e banal, uma grande complexidade sobre as mulheres, a estética e o tempo em que vivemos”, resumiu Miuccia Prada a André Leon Talley. Não diríamos melhor.

AS CALÇAS

Helen Hullick, 1938 ©Andrew H. Arnott/Getty ImagesHelen Hullick, 1938 ©Andrew H. Arnott/Getty Images

É difícil imaginar um mundo em que as mulheres eram presas por usar um par de calças – mas foi precisamente isso que aconteceu na Los Angeles de 1938, quando a professora primária Helen Hulick vestiu slacks para testemunhar contra dois suspeitos de um roubo, recusando-se a aceitar o pedido do tribunal de usar um coordenado mais apropriado. Por outras palavras, e nas palavras do próprio tribunal, um coordenado que não fosse uma distração. “Podem dizer ao juiz que vou continuar a defender os meus direitos”, disse Hulick, citada à data pelo Los Angeles Times. “Se ele me ordenar a trocar para um vestido, não o vou fazer. Gosto de usar calças. São confortáveis.”

Já nos anos 70, a socialite Nan Kempner foi impedida de entrar no restaurante La Côte Basque, em Nova Iorque. O motivo era tão óbvio como inacreditável, e dava pelo nome de Le Smoking de Yves Saint Laurent – mais precisamente, as calças que compunham o fato. Em vez de virar costas, Kempner despiu-as e transformou o blazer numa espécie de tuxedo dress. Conseguiu entrar no restaurante, porque tudo era aceitável – tudo menos a imagem de uma mulher de calças.

No decorrer da mesma década, e à medida que as mulheres punham de parte estilos que objetivassem o género feminino, as calças palazzo começam a ganhar um novo fôlego. Nascidas da rejeição das normas patriarcais, transformam-se num símbolo de poder, igualdade e liberdade: mas a luta estava, e está, longe de ganha. Nos EUA, até aos anos 90, uma “lei não escrita” ditava que as mulheres não podiam usar calças no Senado. Tudo mudou quando, em 1993, Carol Moseley Braun, Barbara Mikulski e Nancy Kassebaum “vestiram as calças” e desafiaram as regras arcaicas.

“Ela [senadora Barbara Mikulski] lutou por nós muito antes de termos chegado ao Senado, entrou nas salas onde as mulheres não eram bem-vindas, e fez questão de segurar a porta para que outras mulheres pudessem entrar”, defendeu a senadora Patty Murray, citada pelo The Washington Post. “Todas as mulheres no Senado, e noutras posições pelo país fora, devem-lhe algo que nunca poderá ser retribuído.”

Hoje, o termo “vestir as calças” continua a ser usado de forma pejorativa, pelo menos quando dirigido a alguém do género feminino. Sinónimo de uma mulher arrogante e difícil, basta olhar para o número de vezes em que foi referido durante a campanha de Hillary Clinton. Mas guess what? Planeamos continuar a vestir-nos como mulheres “arrogantes e difíceis” que somos.

O BIQUÍNI

Micheline Bernardini, 1946 ©Bettmann/Getty ImagesMicheline Bernardini, 1946 ©Bettmann/Getty Images

O ano? 1946. A estação? Quente, naturalmente. O cenário? Paris, pós-Segunda Guerra Mundial. O nome? Louis Réard, engenheiro, designer e inventor do “fato de banho mais pequeno que o fato de banho mais pequeno do mundo” – tão pequeno que cabia numa caixa de fósforos. Mas vamos por partes. Back in the day, e antes de o “fato de banho mais pequeno que o fato de banho mais pequeno do mundo” existir, as mulheres usavam peças de praia consideradas por muitos como mais “modestas”, que expunham uma pequena (muito pequena) parte do diafragma feminino.

Foi então que Réard reparou em algo curioso: nas praias francesas, as mulheres estavam a dobrar o material dos seus fatos de banho de duas peças, afastando-o da barriga para exibir a pele anteriormente oculta. O resto podia ser só história, mas foi o momento em que o biquíni como hoje o conhecemos foi oficialmente inventado. Considerado pelo Vaticano como um “pecado”, e proibido nas praias de países como Espanha, Itália ou Austrália, o designrevolucionário proposto pelo engenheiro francês estava de tal forma à frente da sua época, que nenhuma modelo profissional o queria usar. O escândalo, contudo, acabou por encontrar alguém à altura.

No dia 5 de julho de 1946, na Piscine Molitor em Paris, a bailarina exótica Micheline Bernardini desfila o biquíni de Réard pela primeira vez, abrindo caminho para o que Jamie Samet, jornalista de Moda, descreveu como “uma espécie de segunda libertação para as mulheres”. De Brigitte Bardot em Cannes a Carrie Fisher no clássico de 1983, Return of the Jedi, o biquíni imaginado por Réard foi de escandaloso a poderoso e o seu espírito livre mudou o mundo para sempre.

NEW LOOK DE CHRISTIAN DIOR

New Look, de Christian Dior, 1947 ©Keystone-France/Getty ImagesNew Look, de Christian Dior, 1947 ©Keystone-France/Getty Images

12 de fevereiro de 1947, Paris. Menos de dois anos depois do término da Segunda Guerra Mundial, um designerdado pelo nome de Christian Dior preparava-se para apresentar a sua primeira coleção em nome próprio. Nos salões perfumados do número 30 da Avenue Montaigne, sob as linhas Carolle e En Huit, a estreia de Dior estava prestes a mudar o espírito e a cultura de um país devastado pela Guerra, mas também de uma indústria da Moda debilitada e em recuperação do clima de conflito.

“Em dezembro de 1946, por consequência da guerra e dos uniformes, as mulheres ainda se pareciam e vestiam como Amazonas”, escreveu Christian Dior na sua autobiografia, citado num artigo do The Washington Post. “Mas eu desenhava roupa para mulheres que eram quase como flores, com ombros arredondados, bustos totalmente femininos, e cinturas torcidas à mão por cima de saias que se abriam de forma grandiosa.”

Naquela manhã de fevereiro, como defendeu Laurence Benaïm, autora de diversas obras sobre o designer e o seu legado, ao The Washington Post, Christian Dior “criou um espaço de beleza” e “reinventou o gosto da sedução” com aquele que é, provavelmente, um dos momentos mais citados pelos manuais de História, o New Look – um nome amplamente acarinhado graças à reação de Carmel Snow, na altura chefe de redação da Harper’s Bazaar, aos 90 coordenados propostos pelo couturier.

“É uma revolução, meu querido Christian! Os teus vestidos têm um ar tão new look!”, proferiu Snow sobre a coleção que, numa altura em que as restrições do pós-guerra ainda se faziam sentir, se atreveu a costurar a fantasia, o sonho, a feminilidade e a sensualidade. Epitomado pelo tailleur Bar, um coordenado composto por uma jaqueta em shantung creme que acompanha as curvas do busto, abrindo caminho a uma saia plissada preta, majestosa na sua simplicidade, o New Look de Christian Dior foi, como o próprio descreveu anos mais tarde, “o regresso ao ideal de felicidade civilizada”.

A MINISSAIA

Mary Quant, 1967 ©Keystone-France/Getty ImagesMary Quant, 1967 ©Keystone-France/Getty Images

As bainhas subiram-se, os olhos arregalaram-se e as mulheres ganharam um novo símbolo de libertação. Se há quem diga que foi André Courrèges que dobrou aquele primeiro pedaço de tecido que viria a revolucionar o guarda-roupa feminino, há também quem defenda que foi graças a Mary Quant que, na década de 60 e para sempre desde então, o impacto da minissaia se fez sentir de uma forma tão significativa. “Se calhar o Courrèges até criou a minissaia primeiro, mas se de facto o fez, ninguém a usava”, escreveu a criadora britânica, num artigo do The Telegraph. Citada pela Vogue americana, Quant terá ido mais longe e afirmado que “foram as raparigas no King’s Road”, onde se situava a sua famosa boutique Bazaar, “que inventaram a minissaia”.

De Londres para o mundo, e com alguns detratores pelo caminho – Coco Chanel não só a apelidou de “simplesmente horrível”, como questionou se toda a gente estava louca, e “os homens de negócios”, nas palavras de Mary Quant, davam-lhe alcunhas como “obscena” e “nojenta” –, a minissaia não demorou a transformar-se em mais do que um simples pedaço de tecido. Numa altura em que as mulheres ganhavam uma nova consciência da sua sexualidade, em grande parte graças à introdução da pílula contracetiva, a minissaia foi um verdadeiro statement político: em 1966, quando a Dior decidiu que não havia lugar na passerelle para bainhas subidas, o grupo de mulheres British Society of the Protection of Mini Skirts protestou contra o tratamento “injusto” dado à peça com cartazes onde se lia “as minissaias são para sempre”.

Usada por feministas como Germaine Greer ou Gloria Steinem, a minissaia foi vista como uma forma de redefinir o papel tradicional da mulher. “Era o sinal de uma nova atitude para aquelas que a vestiam”, explicou Rebecca Arnold, professora no Courtauld Institute of Art, ao Evening Standard. “Simbolizava que os tempos estavam a mudar e que as mulheres eram ativas e visíveis.”

O WRAP DRESS

Andy Warhol e Diane von Fürstenberg ©Tim Boxer/Getty ImagesAndy Warhol e Diane von Fürstenberg ©Tim Boxer/Getty Images

Corria o ano 1974. O cenário era Nova Iorque. Algures entre a Park Avenue e o Studio 54, e quase 15 anos depois da minissaia de Mary Quant ter revolucionado uma geração de jovens mulheres, um novo ícone de libertação feminina começava a ser construído pelas mãos de uma designer belga.

A ideia era simples: juntar um wrap top e uma saia numa única peça em jersey estampado, numa espécie de reinterpretação easy breezy do design clássico de um quimono. A ideia era simples mas aquilo que Diane von Fürstenberg estava longe de adivinhar era o impacto que o seu wrap dress, frequentemente visto como um símbolo de emancipação feminina, teria em todas nós.

Numa década em que as mulheres começavam a percorrer os corredores dos escritórios anteriormente reservados aos homens, e a proclamar a sua independência profissional, financeira e sexual, o vestido criado por Von Fürstenberg celebrava a silhueta e sensualidade femininas, sem nunca comprometer o seu estatuto de women who means business. “O wrap dress fazia com que as mulheres se sentissem como se queriam sentir… livres e sensuais”, disse a criadora ao The Independent.

“Para além disso, tinha o seu lugar na revolução sexual: uma mulher que escolhia a possibilidade de o poder despir em menos de um minuto!” Não é por mero acaso que o wrap dress foi descrito por Diana Vreeland, na altura diretora da Vogue americana, como “smashing” – da mesma forma que não é por mero acaso que, 45 anos depois da sua criação, continua a ser um dos vestidos mais democráticos, inclusivos e intemporais da indústria da Moda.

POWER SUIT

Bianca Jagger ©Ron Galella/Getty ImagesBianca Jagger ©Ron Galella/Getty Images

Aquela que é a mais bonita de todas as histórias (pedimos desculpa pela imparcialidade) começou a ser escrita nos anos 20, com a linha e a agulha de Coco Chanel. Quarenta anos depois, mais precisamente em 1966, Yves Saint Laurent abre um novo capítulo de desconstrução com o seu icónico Le Smoking. Tudo isto contribuiu para o livro que o tempo foi escrevendo, mas foi com a chegada dos anos 80 que a história do power suit orquestrou um dos seus mais importantes capítulos.

“Na altura, vestir um fato era o expectável se quisesses ser levada a sério como mulher de negócios, mas as mulheres ainda eram muito criticadas por tentaram imitar os homens, porque era um derivado do guarda-roupa masculino”, explicou Shira Tarrant, professora e autora de Fashion Talks: Undressing the Power of Style, à Vice. Do tecido executivo à sétima arte – obrigada Melanie Griffith e Diane Keaton –, e numa altura em que as mulheres continuavam a tentar redefinir o seu papel na sociedade, os fatos que nem sempre assentavam propriamente bem, com os seus ombros desmedidos, as suas linhas rígidas e a sua falta de consideração pelos contornos femininos, eram uma forma de igualar géneros no mesmo patamar.

Giorgio Armani e Donna Karan contribuíram, em grande parte, para a revolução que continua em marcha: transformar o power suit não num “derivado do guarda-roupa masculino”, mas numa segunda natureza feminina. “Quando trabalhava na Anne Klein nos anos 70, as mulheres usavam casacos, gravatas e camisas – vestiam-se como os homens”, disse em tempos Karan. “Onde é que estava a sensualidade da mulher? Acho que ninguém percebia quão alucinantes eram as nossas vidas. Aqueles fatos estavam a fazer-nos ficar para trás.”

Hoje, e graças a uma série de mulheres que lutaram, através do seu guarda-roupa (e não só), para quebrar ideias preconcebidas de género, poder e feminilidade, sem esquecer a mão-cheia de designers que encheram as suas passerelles com as mais diversas versões do mesmo, o power suit é o que quisermos que ele seja. Pode ser oversized e monocromático, pode ser fluido e desafiar as normas da cor, pode ser cintado e gritar I Am Woman – pode ser tudo isto e muito mais, mas sempre na certeza de que é tanto dos homens como nosso.

PUNK DE VIVIENNE WESTWOOD

Desfile primavera/verão 2010 de Vivienne Westwood ©Conde Nast ArchiveDesfile primavera/verão 2010 de Vivienne Westwood ©Conde Nast Archive

“Acho que todos os ativistas se sentem motivados pela mesma coisa”, disse Vivienne Westwood à revista Dazed. “É óbvio que diferentes pessoas sentem diferentes graus de responsabilidade. Mas eu sempre senti que, se ninguém está a fazer nada, então cabe-me a mim fazê-lo.” Com pouco conformismo e muito tartan, foi precisamente isso que Westwood fez nos anos 70: considerada por muitos como a “mãe do punk”, Westwood pegou naquilo que o movimento tinha para oferecer e orquestrou uma das maiores revoluções que a indústria da Moda alguma vez viu.

Os fechos e a pele, as correntes e os safety pins, as T-shirts rasgadas e os slogans impressos, os corpetes de outros tempos e o tailoring britânico, o tartan e o tweed, o bondage e o fetiche. Todos eles, de uma forma ou de outra, popularizados graças à atitude “frack off” de Westwood, à sua recusa de aceitar a estrutura social e de classes enraizada no imaginário britânico, à sua rebelião contra as normas, os valores e os ideais das gerações que vieram antes dela. A própria terá dito que as suas coleções não eram sobre identidade sexual ou género, mas antes uma forma de “aproveitar a vida”.

Vivienne Westwood imaginou um mundo onde a Moda era mais do que um conjunto de ideias megalómanas penduradas num armário. “Depois de quatro décadas na indústria, Westwood é considerada a decana da Moda britânica: uma rebelde sem medos cuja visão única prova o poder político do vestir”, defende a jornalista Harriet Hall. E como escreveu Claire Marie Healy, editora da Dazed, “sem as ‘primeiras vezes’ de Westwood, é difícil imaginar como é que as perspetivas e os estilos não conformistas teriam sido fomentados. Westwood, que em tempos foi professora, ofereceu o manual”.

Artigo originalmente publicado na edição março 2019 da Vogue Portugal.

50 curiosidades sobre o mundo da moda

1. Qual é a roupa mais velha do mundo?

A vestimenta mais antiga do mundo, o vestido Tarkhan, caía provavelmente sobre os joelhos originalmente. Tendo agora entre 5.100 e 5.500 anos, remonta aos primórdios do reino do Egito.

2. Como as mulheres se vestiam na era medieval?

Vestuário básico das mulheres incluía roupa de baixo, saia ou vestido longo, avental e mantos, além de chapéus com formas as mais variadas (imitando a agulha de uma torre, borboletas, toucas com longas tiras) e exagerados (em alguns locais foi preciso alterar a entrada das casas para que as damas e seus chapéus.

3. Como descobrir o nome de uma peça de roupa?

Com a nova aplicação da Google, basta apontar discretamente o telemóvel para a peça de roupa de que gosta e fica a saber de que marca ela é — ou que outras peças semelhantes existem à venda no mundo. Trata-se da Google Style Match, a nova aplicação que funciona um pouco como a Shazam.

4. Por que a moda se configura como um meio de expressão?

moda é arte. Arte no sentido de que, quando inspirada, possui uma intenção real de comunicar. Você não precisa de palavras para passar uma sensação, entende? O que você veste pode fazer isso por você

5. O que a roupa transmite?

Toda roupa transmite alguma mensagem a respeito da pessoa que está usando, do grupo pertencente e principalmente a ideia que a pessoa que está vestindo quer transmitir. * Isso tudo diz respeito à semiótica e aos signos da moda, a maneira pela qual a pessoa quer ser vista pela sociedade em geral.

6. O que a roupa representa?

roupa é símbolo de status e diferenciação social e da diferenciação dentro do próprio grupo. Através dos tempos, seus significados mudaram mas o requinte social que representa está cada vez mais presente e serve como apelo de vendas.

7. Qual é a roupa tradicional do Brasil?

As roupas típicas da região sudeste contam com o traje caipira/cowboy, presente nas festas de rodeio. Essa roupa tem a calça jeans (justa), a fivela grande, a bota, o chapéu típico, a camisa de mangas longas dobradas preferencialmente na estampa xadrez e o cinto de couro rústico como itens fundamentais.

8. Qual é a diferença entre moda e estilo?

Moda impõe padrões e tendências; O Estilo te dá a liberdade de escolher o que combina mais com você; O Estilo está relacionado a sua verdade, a Moda não; Com Estilo, você usa a Moda e não o contrário.

9. Como a roupa influencia?

Ainda em declarações, o psicólogo afirma que a roupa influencia sim na disposição, no desempenho e na forma como somos vistos pelos outros. Ela altera a configuração cerebral porque influencia a mente em primeiro lugar: “Nossa mente dita o que ocorre com nosso cérebro.

10. Por que você imagina que as pessoas usam roupas?

As vestimentas nos protegem do frio, sol, chuva e também servem como um ornamento para disfarçar ou realçar determinada parte do nosso corpo, além de ter o poder de nos encaixar em algum grupo ou crença. As roupas, em junção com a moda, podem até mesmo construir nossa identidade

11. O que as roupas e os acessórios podem expressar sobre uma pessoa?

As roupas sempre passam uma mensagem sobre você — seja sobre seu engajamento social, humor, preferência musical ou até mesmo o time de futebol pelo qual você torce. Assim, vestir-se de determinada maneira pode dizer um pouco sobre quem você é, servindo como mecanismo de afirmação dentro de determinado nicho social.

12. Qual a marca de roupa que mais vende no mundo?

A lista das 5 marcas de roupas mais famosas do mundo

  • Nike, com valor de mercado de US$ 32 bilhões.
  • H&M, com valor de mercado de US$ 19 bilhões.
  • Zara, com valor de mercado de US$ 14,4 bilhões.
  • Louis Vuitton, com valor de mercado de US$ 13 bilhões.
  • Adidas, com valor de mercado de US$ 10 bilhões.

13. O que são peças básicas?

Os básicos essenciais são peças versáteis que você consegue usar de diferentes maneiras, e dando um toque diferente de styling em seu visual, é possível criar produções estilosas e que estão super em alta no mundo da moda, como por exemplo camisetas e moletons.

14. Quais são os 7 estilos de moda?

Os 7 estilos universais são:

  • Natural Esportivo.
  • Tradicional.
  • Elegante.
  • Romântico.
  • Criativo.
  • Sexy.
  • Dramático Urbano.

15. O que a roupa significa nas relações sociais?

A moda cria linguagens, muda comportamentos e altera a mais básica expressão de uma sociedade ; o modo de se vestir. Por isso, ela ganhou espaço no meio acadêmico, é objeto de pesquisas e se transformou em uma ciência humana.

16. Quando o ser humano começou a usar roupas?

Os humanos começaram a usar roupas na segunda Era do Gelo, há cerca de 170 mil anos, segundo novo estudo da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos. Os pesquisadores usaram piolhos para fazer a descoberta.

17. Por que existe a moda?

moda surgiu em meados do século XV no início do renascimento europeu. A palavra moda significa costume e provém do latim modus. A variação da característica das vestimentas surgiu para diferenciar o que antes era igual, usava-se um estilo de roupa desde a infância até a morte.

18. O que a sociologia tem a ver com a moda?

Para o sociólogo e filósofo Jean-Gabriel de Tarde, a moda é “essencialmente uma forma de relação entre os seres, um laço social caracterizado pela imitação dos contemporâneos e pelo amor das novidades estrangeiras” (apud LIPOVETSKY, 1989, p. 266)

19. Qual é o significado da palavra roupa?

Significado de Roupa

substantivo feminino Designação comum dada às peças de vestuário: vestes, vestimenta, indumentária, traje, fatiota. Quaisquer peças, tecidos, que podem ser utilizadas para cobrir, bem como revestimentos. Quaisquer tecidos que podem ser designados para uso doméstico.

20. O que a moda transmite?

A roupa que vestimos permite projetar a imagem de nós mesmos que queremos mostrar aos outros. Tudo isso é englobado pela psicologia da moda. Mesmo quando essa não é a nossa intenção, a forma de se vestir pode dizer muito aos outros sobre nós.

21. O que é moda é sua finalidade?

Moda é o substantivo feminino que significa uma maneira ou costume mais predominante em um determinado grupo em um determinado momento. É uma palavra muito usada para designar uma forma de se vestir que é comum para muitos ou apreciada por muitas pessoas.

22. Por que a moda pode ser considerada um fato social?

Ela gera uma forte integração entre as pessoas que mais se interessam por esse assunto, ao mesmo tempo em que garante que ninguém poderá se distanciar por completo dela, já que ela se caracteriza por uma repetição de padrões, a qual se encontra difusa nos grupos humanos

23. Qual é a relação da moda e os conflitos de interesses?

Assim, os conflitos de interesses e gostos ocorrem não apenas entre as classes, mas também do interior delas e a moda reflete estas escolhas. Dentro das classes os indivíduos fazem suas escolhas com base no estilo de vida ao qual estão acostumados, ilustrando um conjunto de disposições

24. O que diz a sua imagem?

imagem tem relação com comportamento, sua postura perante as pessoas e situações, a forma que e veste para cada ocasião, tudo que pode comunicar algo faz parte da sua imagem, assim como a coerência e integridade do seu nome. Ou seja, a imagem pessoal é o que as pessoas percebem de você, antes de te conhecerem.

25. Como a moda influencia nossas vidas?

moda tem a capacidade de mudar e dar sentido à vida graças à conexão pessoal que tem com todos nós. Todos nós precisamos usar roupas, e cada peça que compramos representa uma escolha pessoal. Essa relação intrinsecamente humana entre nós e nossa moda que transforma a questão em algo político.

26. Quais são os pontos positivos da moda?

Os aspectos positivos da moda são a sua originalidade, tanto na criação, como nas novas peças com formatos diferentes doa habituais. A beleza é um factor de grande importância na nossa sociedade, a moda contribui para este facto, pois moda e beleza, andam “de mãos dadas

27. Como definir minha imagem pessoal?

Podemos definir a imagem pessoal como a identidade que a pessoa constrói através da sua indumentária e do cuidado das suas características físicas para se apresentar na sociedade, como prolongação do seu papel na mesma, da sua maneira de ser, de se comportar, de viver e de todas as características da sua personalidade.

28. Como a indústria da moda afeta a nossa sociedade é a nossa economia?

Atualmente, a indústria da moda é responsável pela produção desenfreada de peças de roupas e calçados que estão em consonância com o mercado global ao abastecer as maiores redes de lojas varejistas, e que se atualizam constantemente lançando novos produtos ao mercado.

29. Qual é a diferença entre moda é modismo?

Modismo é caracterizado por grande intensidade em um curto período de tempo, por exemplo os Fidget Spinners ou Pokemon Go. Já na moda o período é mais longo com uma intensidade mais constante, Orkut ou Facebook agora por exemplo.

30. Qual a relevância do setor do vestuário na economia atual?

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção (Abit), em 2019, o setor têxtil era o segundo maior empregador da indústria de transformação brasileira, representado 16,7% dos empregos no país, perdendo apenas para o setor de alimentos e bebidas, e o segundo maior gerador do primeiro emprego

31. Em qual setor do vestuário o Brasil mais se destaca?

O papel do Brasil no setor têxtil

A indústria têxtil brasileira é responsável pela produção de aproximadamente 1,8 milhão de toneladas de peças relacionadas ao segmento de tecidos, fios e afins. Com isso, cerca de 1,5 milhão de brasileiros são contratados e outros quase 8 milhões trabalham indiretamente na área.

32. O que é o setor de vestuário?

O mercado da moda e vestuário é bastante amplo, já que conta com lojas diversas de varejo (como as especializadas apenas em moda, as multimarcas e as lojas de departamentos). Além delas, ainda existem as confecções de setores variados como moda adulto, feminina e masculina, infantojuvenil, moda praia, moda íntima etc.

33. Quanto movimenta o mercado da moda no Brasil?

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), apesar da pandemia e do aumento de custos, a indústria têxtil e de confecção registrou crescimento de 20% em 2021, o que representa um faturamento de 194 bilhões de reais.

34. O que é tendência no mercado?

Uma tendência de mercado é a indicação de um caminho a seguir, uma pista que o comportamento dos consumidores e dados de pesquisas estão apontando. Mas isso não significa que, com absoluta certeza, quem apostar nela estará com o sucesso garantido.

35. Qual é o maior polo de moda do Brasil?

Brás

O Brás é considerado o maior polo da moda do Brasil, com mais de 3.000 lojistas. Inclusive, em 2005, foi inaugurado o Mega Polo Moda, shopping atacadista do Brás, que, com 400 lojas, recebe em média 2.500 visitantes.

36. Qual a maior indústria têxtil do Brasil?

empresa araraquarense Lupo, de roupas e vestuário esportivo, venceu pelo quinto ano consecutivo o prêmio Época Negócios 360º, promovido pela Revista Época, como a melhor empresa do Brasil no setor Têxtil, Couro e Vestuário, com liderança nos quesitos Sustentabilidade e Inovação

37. Quais são os setores de moda?

Trabalhar com moda: conheça 8 das principais carreiras na área

  1. Design e estilismo. Vamos começar falando dos profissionais mais badalados do mundo da moda: os estilistas e fashion designers
  2. Negócios da moda.
  3. Compras
  4. Visual merchandising
  5. Produção de moda
  6. Fotografia de moda
  7. Consultoria de imagem
  8. Carreira acadêmica.

38. Quanto vale o mercado da moda?

A indústria da moda é um segmento tradicional e bastante relevante para a economia mundial. É o segmento maior em faturamento global no e-commerce B2C [direto ao consumidor], com vendas de US$ 525 bilhões anualmente. Além disso, cresce, em média 11,4% por ano e a expectativa de faturamento para 2025 é de US$ 1 trilhão.

39. Quanto movimenta o mercado de roupas?

Hoje, segundo pesquisa do Google, estima-se que o varejo de moda movimenta 150 bilhões de reais no mundo. Nesse universo sem fronteiras que é a internet, 58% dos e-consumidores de moda são mulheres e, desse número, 63% tem entre 25 e 44 anos.

40. Quanto tempo dura uma tendência?

É um movimento longo que pode ser de alta ou de baixa e que leva a uma grande valorização ou desvalorização dos ativos. Não existem regras matemáticas exatas para definir o tempo de duração das tendências, entretanto, as tendências primárias duram aproximadamente de 1 a 2 anos.

41. Onde está o maior polo de costura no Brasil?

A região de Americana, formada pelos municípios de Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré, é conhecida hoje como o maior polo da indústria têxtil do Brasil.

42. Qual a maior indústria têxtil do mundo?

8 maiores empresas de vestuário e acessórios do mundo

  • 1º) Dior. País: França
  • 2º) Nike. País: Estados Unidos
  • 3º) Inditex. País: Espanha
  • 4º) Cheil Industries. País: Coreia do Sul  
  • 5º) TJX Cos. País: Estados Unido
  • 6º) H&M. País: Suécia
  • 7º) Kering. País: França
  • 8º) Adidas. País: Alemanha

43. Qual é a posição do mercado têxtil brasileiro em relação ao Mundial?

Com quase 200 anos no país, a indústria têxtil brasileira aponta mundialmente como o quinto maior produtor e referência em design de moda praia, jeanswear e homewear, tendo crescido também os segmentos de fitness e lingerie, conforme dados de 2016 da ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção.

44. Qual setor da moda vende mais?

Não só pela facilidade de iniciar um negócio, mas também pela enorme capacidade de alcançar potenciais clientes e vender para qualquer parte do mundo.

5 produtos de moda mais vendidos na internet

  1. Vestuário
  2. Calçados  
  3. Acessórios
  4. Produtos fitness  
  5. Cosméticos

45. Qual é o maior produtor de jeans do mundo?

Brasil

O Brasil é o maior produtor de jeans do mundo atualmente e fabrica em torna de 350 milhões de peças por ano.

46. Qual o melhor segmento para E-commerce?

Entre os mais promissores nichos de e-commerce para investir, é possível citar o setor de decoração e de artigos para casa. Isso dado que o segmento teve um crescimento no seu faturamento de 23% no primeiro trimestre de 2017 e ainda merece atenção.

47. Qual é a maior fábrica de tecido do Brasil?

Fundada em 1918, Rio Tinto tem a aparência de uma cidade europeia mas fica na Paraíba, a cerca de 70 quilômetros de João Pessoa.

48. Qual o maior produtor têxtil do mundo?

Na produção mundial de têxteis básicos (fios, tecidos malhas), o Brasil é o quinto maior produtor mundial, atrás de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.

49. Qual o segundo maior exportador de vestuário do mundo?

O Vietnã, país localizado no Sudeste Asiático, conquistou o título de segundo maior exportador de roupas prontas, ultrapassando Bangladesh. Os dados estão nos últimos registros da World Trade Statistical Review 2021, divulgados pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

50. Qual país vende mais jeans?

Apesar do momento econômico delicado que o Brasil enfrenta, as brasileiras têm a maior média de consumo jeans no mundo, segundo pesquisa global feita pela marca Lycra sobre hábitos de consumo de moda no segmento de jeanswear

O que é coloração pessoal, febre no TikTok que promete revolucionar seus lookinhos

Entenda o que há por trás da técnica que promete levar harmonia ao seu estilo e ditar quais cores você não deve usar

por Marina Lourenço

Diante de um espelho hiper-iluminado com luzinhas de camarim, a consultora de estilo Mariana Aragão põe um longo tecido cinza sobre os ombros e o peitoral desta repórter, sentada à sua frente. Depois, vai até um cabideiro e puxa mais alguns lenços de outras cores para sobrepor ao atual. Começa, então, mais uma de suas sessões de coloração pessoal, técnica que identifica —ou pelo menos, promete identificar— as cores que tornam o visual de cada pessoa mais harmônico.

O primeiro passo, afirma Aragão, é medir a temperatura da pessoa —em termos cromáticos—, o que indicaria se a pele é quente, fria, ou neutra. Cada uma das opções tem suas próprias cartelas de cor —e todas divididas a partir das estações do ano, sendo que outono é atrelado a tons terrosos e alaranjados, primavera, a vivos e ultracoloridos, inverno, a escuros e profundos, e verão, a luminosos e pouco saturados.

A ideia é eliminar as paletas que não valorizam o rosto em questão, o que, segundo ela, seria uma aparência cansada, com destaque para olheiras e manchas, boca arroxeada e um aspecto muito amarelado ou esbranquiçado.

Para isso, a consultora trabalha com 12 paletas de cor e usa o método chamado de sazonal expandido, no qual mede os níveis de temperatura, saturação e luminosidade de cada pele. “A coloração permite que a pessoa faça escolhas de compra mais assertivas”, afirma Aragão. “É algo que impacta o estilo. Quando há harmonia [no visual], elogiam você, não a roupa [que está usando].”

É como se cada pessoa estivesse dentro de uma caixinha de cores. Aliás, ao final desse tipo de sessão, é comum que o cliente receba um guia com seus tons pessoais.

Agora, imagine desembolsar R$ 600 —valor cobrado por Aragão para a realização da consulta— e descobrir que a maioria das suas roupas e acessórios está totalmente fora da tal cartela que foi atribuída. Você trocaria seu guarda-roupa? Abandonaria suas peças favoritas? Qual é o preço, afinal, de ser harmônico aos olhos da tal análise cromática?

“O mais importante é entender que o objetivo da coloração é libertar, não aprisionar. Tentam vender de tudo para nós, não se preocupam se [o produto] fica bom no nosso corpo. Informação é poder”, defende a consultora. “Claro, você pode ser feliz do jeito que quiser. Mas acho importante saber valorizar a sua beleza, principalmente quando temos tantas belezas diferentes.”

Ainda assim, é comum que haja frustração na compra desse tipo de consultoria. Isso porque, muitas vezes, a cor favorita da pessoa não compõe a sua cartela de cores.

paleta de cores

Paleta de cores – RomanR

“Eu mesma odiei a minha cartela [à primeira vista]”, diz Aragão. “Quando isso acontece é superdifícil, porque, às vezes, a pessoa desacredita da credibilidade do seu trabalho e pensa que não faz nenhum sentido, já que ela sempre usou outros tons [e não os da cartela]. Por isso, é importante que esteja disposta a ouvir e consiga realmente entender o que vou dizendo.”

Ela afirma ainda que ninguém precisa abandonar por completo as cores de que gosta, podendo usar esses tons de outras formas, como em acessórios e maquiagens. E ressalta que todos continuam com a liberdade para não alterar o guarda-roupa, se assim desejarem.

Não é de hoje que a coloração pessoal está fazendo sucesso. Logo no início da pandemia, aliás, houve um boom dessas consultorias, que ganharam até sessões online —criticadas por alguns especialistas, como Aragão, que diz ser impossível fazer esse tipo de atendimento a distância, porque “tanto a luz quanto o ambiente são fundamentais nessa análise”.

No Instagram e no TikTok, essa técnica se tornou uma febre. São inúmeros os vídeos que viralizaram ao mostrar o efeito visual do troca-troca de tecidos coloridos. Dá até para encontrar tiktokers ensinando conceitos da coloração pessoal a partir de lençóis de cama velhos.

A grande questão, no entanto, avalia Aragão, é que a colorimetria é um assunto extenso demais para caber num vídeo desses. E, de fato, não faltam complexidades nessa conversa.

Aliás, a própria ideia de análise cromática, que começou a ser desenvolvida nos anos 1920, na escola artística alemã Bauhaus, e ganhou embalo seis décadas depois, é contestada por alguns. Há muitos que criticam a técnica e a encaram como um policiamento fashion que limitaria as pessoas a se vestirem como quiserem.

Também não faltam profissionais de moda reclamando do sucesso recente da técnica. A consultora de estilo Érica Minchin, por exemplo, viralizou no YouTube ao questionar o crescente interesse pela coloração. Segundo ela, o processo é só a cereja “do se vestir bem” e vem sendo tratado com simplismo nas redes.

“O bolo seria a informação do que, de fato, nos afeta no dia a dia, o entendimento das características do nosso estilo —as linhas, formas, modelagens, texturas e até as cores, independentemente da cartela e da combinação específica desses elementos—, de como ele interage com nossas características físicas e do uso dessas informações para atingir nossos objetivos”, diz Minchin.

Ela afirma ainda que esse tipo de consultoria tem várias circunstâncias importantes a serem consideradas, como a de que existem diferentes métodos. Há técnicas menos famosas no Brasil, por exemplo, que usam 20 cartelas de cores, não 12.

Minchin também ressalta que aspectos raciais devem ser levados em conta, já que a origem eurocêntrica do processo e a miscigenação brasileira interferem na leitura da análise, que por essência é carregada de traços subjetivos.

Segundo a especialista em design Ethel Leon, que dá aulas sobre a história cultural das cores, outro ponto importante a ser considerado é o de que a própria ideia de harmonia é relativa ao contexto histórico, assim como acontece com o que atribuímos a cada cor.

“Imagino que, sim, a coloração pessoal tem sentido”, diz ela. “Agora, o azul, que hoje é considerado uma cor fria, já foi visto como quente no passado. Cores são símbolos. Não têm um significado único.”

Ela lembra ainda que as cores sempre operam em relação umas às outras, ou seja, nunca estão realmente isoladas.

Ainda não dá para cravar ao certo o grau de precisão da coloração pessoal. Mas o que se sabe é que a técnica, de fato, vem ganhando cada vez mais adeptos —mesmo que muitos acabem decidindo não deixar de lado cartelas alheias. É o caso desta repórter, fã de rosa-choque, apesar de pertencer, segundo Aragão, à paleta de outono escuro.

Via folha SP.

Ou seja: gente, o melhor crítico é o espelho. Danem-se as regras, Estilo é moda, tendência é aspiração. Você já é perfeita do que jeito que é. Mete a louca e usa a roupa que quiser.

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