A brincadeira é a seguinte: a gente, a partir de agora, só pode fazer tudo nu.
Pra conversar com um desconhecido, tem que se despir de preconceito. Pra beijar na boca tem que desabotoar o coração. Com os amigos de sempre, abrir o zíper da alma e deixar à mostra exatamente quem você é, independente de quem seja você.
Para as amigas, demaquilante no rosto pra conversa olho no olho sem rimel nem sombras de dúvidas. Para os meninos, gilete no ego e na inseguraça pra fazer o que quiser sem querer aprovação alheia e falar o que sente sem se sentir exposto.
Também tem que tirar o chapeu pra quem você admira e colocar no cabide capas de chuva e roupas impermeáveis que te protegem de tempestades de incertezas.
Não precisa ter medo de pagar mico e nem vergonha de alguma gordurinha aqui e acolá: a carta super trunfo da espontaneidade faz com que você não perca nenhum ponto no jogo.
Quanto aos acessórios, ficam liberadas apenas jóias emocionais: amigos de ouro e parentes de brilhante. Jogue fora almas de plástico. Elas só fazem volume. Ah! Nesse jogo há que se andar descalço, mas não precisa ficar com o pé no chão, tá? Suba na cadeira, na mesa, nas nuvens… Quem fizer o melhor striptease, ganha a brincadeira, minha admiração e meu coração.
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