Nada mais anti moderno do que ser objeto em sua própria vida no lugar de ser sujeito da própria existência.
Explico: quando damos importância a determinado objeto de moda, damos a ele signos e significados que residem apenas na nossa imaginação e no inconsciente coletivo.
Quando, por outro lado, consideramos tal objeto de moda como fruto de experiências, memórias e sentimentos pessoais (exemplo: gosto desse vestido porque certa noite dancei maravilhosamente livre com ele) ficamos nós no domínio do campo estético.
Voltando ao exemplo do vestido: se ele se torna bonito/bom unicamente porque é da marca X ou Y e não porque EU marquei sua existência com as minhas experiências de vida, eu te pergunto: o que você vai pedir pra escrever na lápide do seu túmulo? Vivi e não deixei minha MARCA EM NADA, fui apenas MARCADA por objetos reluzentes?
(aqui, vale ressaltar que qualidade em um objeto de moda – seja ele couro, algodão, seda etc se torna de extrema importância em nosso experimento. Parto do princípio de que você consome objetos com o mínimo de qualidade de manufatura, seja ela de ordem material ou moral.)
Voltando à lapide: acredito que a resposta é não. Ninguém quer passar por esse mundo sem deixar sua própria marca. Já dizia Hamlet, a verdadeira dúvida é ser ou não ser., não ter ou não ter, que é apenas um melodrama clichê.
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